Senhor Jesus, que com firme decisão caminhastes para Jerusalém, ensina-nos a seguir a Tua vontade sem hesitar, mesmo perante a rejeição. Que o nosso coração não se feche como o dos samaritanos, mas que saibamos acolher a todos, sem preconceitos. Dá-nos a força para perseverar na nossa jornada de fé, com os olhos fixos no Teu exemplo de amor e determinação, para que nunca nos desviemos do caminho que nos leva a Ti, mesmo quando não somos compreendidos ou aceites. Amém.

Ó Santo Agostinho, farol da alma que atravessou os céus eternos, elevo-te minha voz em súplica transcendente. Tu, que exploraste o abismo cósmico do ser, unindo finito e infinito, guia-me pelas galáxias de minha inquietude. Em teu olhar brilha a luz das estrelas, ecoando o divino através dos véus do tempo. Ó mestre das confissões, intercede por mim ante o Criador, para que minha essência se una ao cosmos sagrado, onde pulsam os corações do universo. Que teu "Inquieto está nosso coração até que repouse em Ti" ressoe como hino celestial, ligando terra e céu, matéria e espírito, num êxtase eterno. Amém.

@

Santo Agostinho (354-43, nascido em Tagaste, Numídia, foi um dos maiores pensadores cristãos. Filho de Mônica, viveu uma juventude hedonista, buscando prazeres e sabedoria em filosofias como o maniqueísmo. Sua inquietude o levou a Milão, onde, influenciado por Ambrósio, converteu-se ao cristianismo em 386, após uma experiência mística. Batizado, tornou-se bispo de Hipona, escrevendo obras como Confissões e Cidade de Deus. Sua teologia moldou o cristianismo, explorando graça, pecado e redenção. Morreu em 430, durante o cerco vândalo, deixando um legado eterno.

Ó Deus eterno, que sondas as profundezas do coração humano, guia-nos pela alma inquieta de Santo Agostinho, o peregrino das trevas que encontrou tua luz. Ele, que rasgou o véu do pecado com mãos trêmulas e confissões brutais, ensina-nos a verdade que corta como lâmina. Que sua busca tortuosa pelo divino, entre dúvidas e êxtases, nos leve ao abismo interior onde o ego se rende. Ó Santo, que tua conversão violenta ilumine nosso caos, elevando-nos ao transcendente, onde o coração, ferido mas livre, repousa em ti: "Inquieto está nosso coração até que em ti descanse". Amém.